terça-feira, 21 de julho de 2009

Temos que aprender a ver, ouvir, falar e acima de tudo respeitar

A magnitude da vida consiste na complexidade que esta se compõe. Somos programados para nascer, crescer, reproduzir e morrer. Mas este pequeno ciclo de quatro etapas dentro de um todo aparentemente pode ser visto como simples, entretanto como diversas coisas quando analisadas minuciosamente atingem o devido grau de complexidade neles existente.
A cada etapa de nossa vida, compreendemos uma parte do universo, e no decorrer do processo nos damos conta que quando esta chegar ao fim ainda não possuiremos a compreensão total, sabemos que iremos partir, isto é fato, e diante desta brutal certeza só nos resta deixar algo de nos aqui nesse mundinho mundano de merda, então paramos de fazer sexo e começamos a fazer filhos, paramos de freqüentar festas excetos as infantis e familiares e passamos a ter lazer, paramos de ter opinião própria e passamos a massa. Agora nem temos mais tempo de assistir as desgraças, e nem se quer lê-las. Estas nos são contadas, lógico que a informação nos é distorcida, mas e daí, e a nossa única forma de obter o conhecimento destas.
Envelhecemos, como envelhecemos. Achamos a juventude louca, mas temos grande saudade desta fase, aprendemos com as crianças, e lamentamos como estas perdem a ingenuidade cada vez mais cedo. E o pior de tudo não é envelhecer, é ter a pretensão de achar que as escolhas dos mais novos é errada, porque não é nossa. Meus caros vividos, sou uma grande apreciadora do conhecimento da vida, e lógico que quem vive mais, aprendeu muito, mas isto não significa que eles sabem mais, ainda mas, que bem ou mal cada um sabe de si, então é preciso se assim como os mais novos não compreendem mais respeitem a forma dos mais velhos ver a vida, estes façam o mesmo, afinal de contas o tempo agora não é nosso da juventude e sim de nos todos, e para tanto é preciso aprender a viver nessa mescla de gerações, opiniões, formas de ver, ouvir e falar.

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